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Lago de Itaipu

 

A formação do Lago de Itaipu está inteiramente ligada à construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu no trecho do Rio Paraná, na divisa entre Brasil e Paraguai, na Cidade de Foz do Iguaçu - PR.

A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países. Em 22 de junho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, e do Paraguai, Sapena Pastor, assinaram a “Ata do Iguaçu”, uma declaração conjunta que manifestava a disposição para estudar o aproveitamento dos recursos hidráulicos pertencentes em condomínio aos dois países, no trecho do Rio Paraná desde o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu (www.itaipu.gov.br).

O início do trabalho se deu em fevereiro de 1971. Em 1973, técnicos percorrem o rio de barco em busca do ponto mais indicado para a construção da Itaipu Binacional. Itaipu recebeu este nome em homenagem a uma pequena ilhota do Rio Paraná, quase sempre submersa, logo após uma curva acentuada, sobre o qual está assentada a usina. Itaipu, em tupi, quer dizer "a pedra que canta". Estudos indicavam para aquele ponto um rendimento energético excepcional, em virtude de um longo cânion escavado pelo Rio Paraná. Assim, o início efetivo das obras ocorreu em janeiro de 1975.

Em 14 de outubro de 1978 foi aberto o canal de desvio, com 2 km de extensão, do Rio Paraná, que permitiu secar um trecho do leito original do rio para ali ser construída a barragem principal, em concreto, que possui 8 km de extensão e uma altura de 196 metros. Em outubro de 1982, com a conclusão das obras da barragem de Itaipu, as comportas do canal de desvio foram fechadas e começou a ser formado o reservatório da usina. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, em apenas 14 dias.

Hoje o reservatório (Lago de Itaipu) é o sétimo em tamanho do Brasil, possui área de 1.350 km² (770 km² no lado brasileiro e 580 km² no lado paraguaio); volume de água de 29 bilhões de m³; a extensão do lago é de 170 km, com largura máxima de 12 km e média de 7 km; a profundidade do reservatório varia de 22 a 170 m; e nível normal operacional (elevação) é de 220 m acima do nível do mar (www.itaipu.gov.br).

O reservatório da maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, com 170 quilômetros de extensão, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, atinge áreas de 16 municípios, dos quais 15 no Paraná e um no Mato Grosso do Sul: Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Medianeira, Missal, Santa Helena, Diamante do Oeste, São José das Palmeiras, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Terra Roxa e Guaíra, todos no Paraná, e ainda Mundo Novo localizada no Mato Grosso do Sul.

Como parte do projeto, o Lago de Itaipu, além de fornecer a água para movimentar as unidades geradoras, é a base dos programas de preservação da fauna e da flora da região. O lago é protegido por 105 mil hectares de área verde, o que impede seu assoreamento e poluição. São duas reservas naturais, quatro refúgios biológicos e uma faixa de proteção com mata ciliar em toda a sua extensão, nas margens brasileiras e paraguaias. Levando-se ainda em conta o Parque Nacional de Ilha Grande, com 78,8 mil hectares, as áreas protegidas em torno do lago de Itaipu se aproximam ao tamanho do Parque Nacional do Iguaçu, a maior reserva florestal do Sul do país, com 185 mil hectares do lado brasileiro e 67 mil hectares do lado argentino. A usina plantou 20 milhões de mudas de árvores nativas, reflorestando 96% da faixa de proteção. O reflorestamento, considerado o maior do mundo feito por uma usina hidrelétrica.

 

 

O lago de Itaipu apresenta-se como uma opção interessante para o esporte, lazer e turismo na região oeste do Paraná, tendo criado uma série de alternativas econômicas que aos poucos começam a ser exploradas, com a implantação de grande número de instalações de lazer como: clubes, praias artificias, ancoradouros, marinas e parques. Estes investimentos atraem milhares de pessoas anualmente, motivados pelas festas regionais, competições esportivas e encontros culturais. A formação do lago mudou o aspecto geográfico da região. A agricultura, base da economia regional começa a ceder lugar à atividade turística.

A opção mais recomendada aos turistas e, sobretudo à população que vive na região, em torno de 800 mil habitantes, são os terminais turísticos, balneários e praias localizadas em oito cidades lindeiras: Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Entre Rios e Guaíra. As praias, em sua maioria, estão dotadas de toda infra-estrutura necessária para se passar os finais de semana, temporadas de férias e verão. Elas dispõem de quiosques, churrasqueiras, banheiros, restaurantes, lanchonetes, camping com pontos de energia, chalés e hotéis nas suas proximidades, rampas de acesso ao lago e áreas para banhistas. O ponto alto do movimento nas praias é a temporada de verão, que se inicia entre outubro e estende-se até o final de março. São quase seis meses cheios de atividades festivas, esportivas, culturais e de lazer. A cada ano, as prefeituras que administram os terminais ampliam, reformam e programam novos serviços e espaços para potencializar a região como destino turístico preferido dos turistas do Mercosul.

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