top of page

ESPORTE A VELA

Historicamente, a vela está ligada às grandes navegações pela necessidade de comércio, expansão territorial e as guerras (MENEZES, 2007). Essa prática náutica exerce ação por meio de três comandos: propulsão, direção e equilíbrio (FERNANDES et al, 2007). Esses três comandos estão relacionados ao praticante, as características do barco e condições meteorológicas (BERNARDI et al, 2007).

A prática da vela consiste em uma atividade esportiva que, devido às suas complexas características, exige fisicamente do atleta e o estimula intelectualmente (SLATER; TAN, 2007).  Um barco a vela sempre navega movimentado pelo vento, pois não é permitido o uso de motores ou outros meios de propulsão durante as regatas (MAIA, 2008). Neste sentido, o deslocamento do barco sobre a água ocorre mediante interação do velejador com a vela, o leme, entre outros equipamentos e forças naturais (água e vento) (MAIA, 2008; BOJSEN-MOLLER; BOJSEN-MOLLER, 1999).

A popularização de esportes náuticos no Brasil, em especial a vela, deu-se ao longo dos anos pelo sucesso dos atletas nacionais em competições ao redor do mundo.  Desta forma, pesquisas que investiguem essa modalidade esportiva são importantes para os velejadores e profissionais envolvidos com esse esporte, que podem aproveitar os resultados em suas rotinas de treinamento e competição (RUSCHEL et al., 2009).

A vela (também conhecida como iatismo) foi introduzida como modalidade dos Jogos Olímpicos na edição de Paris 1900. O iatismo é um dos esportes que mais trouxe medalhas olímpicas ao Brasil, ao total são 17 medalhas, sendo: 6 de ouro, 3 de prata e 8 de bronze. O país ocupa a 10ª colocação no quadro geral de medalhas, a frente de Alemanha, Itália, China e Rússia. Atualmente o esporte possui os 2 maiores medalhistas olímpicos brasileiros: Robert Scheidt conta com 5 medalhas olímpicas, sendo 2 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze, e também possui 14 títulos mundiais. E Torben Grael também com 5 medalhas olímpicas, sendo 2 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze. (fonte: Wikipédia).

O diálogo entre o corpo, vento e a água intercedidos pelo barco são difundidos, formando um único elemento, no qual realiza o movimento. A cada nível se torna tecnicamente complexo, envolvendo o barco, o desing da vela, as condições do vento e da água, bem como as características físicas, a capacidade fisiológica e o estado nutricional, no qual estes aspectos influenciam na habilidade e desempenho do velejador (SPURWAY; LEGG; HALE, 2007).

Estudos apontam as diversas exigências necessárias para a prática da vela, como: demandas de força, equilíbrio, coordenação, resistência, nutrição adequada, além de boas condições psicológicas para interpretar adequadamente ações do vento e da água, tomando decisões rápidas, e manter a concentração e o foco de atenção (BRANDT et al, 2012).

O vento é uma das variáveis mais importantes da prática da vela, pois ele é responsável pela propulsão, no qual deslocará o barco, juntamente com o velejador. As diferentes condições do vento determinam os movimentos e os grupos musculares envolvidos, tornando o exercício com maior ou menor intensidade (RUSCHEL et al, 2008; CASTAGNA, et al, 2008).

A classe Optimist é o início da prática dentro da modalidade. É o menor e mais leve barco de toda a história da vela e é indicado para as crianças aprenderem a velejar. Ao contrário dos adultos que não podem ser iniciados nesta categoria, os pequenos velejadores podem aprender e praticar no Optimist até os 15 anos, quando mudam para outras bases. O barco usado nesta regata, é de fibra e mede 2,40m de comprimento por 1,65m de largura (ESCOLA DE VELA DE SÃO SEBASTIÃO, 2014).

A prática do esporte a vela está aos poucos ganhando espaço no âmbito científico, principalmente no que se refere ao melhoramento do desempenho dos atletas em competições internacionais (SILVA et al, 2012).

Esse esporte tem crescido muito em popularidade e competitividade nos últimos anos, tornando necessário técnicas que melhorem o desempenho atlético de seus praticantes (BRANDT et al, 2012).

bottom of page